Fonte de vida e santidade  (meditação 2)

Acompanhe a segunda meditação escrita por Santa Maria Bernarda:

Contemplação

Numa visão me foi mostrada uma planície, cujos limites, tanto em comprimento como em largura, eu não podia divisar. No sentido do comprimento se estendiam muitos caminhos com árvores de todas as espécies. Se todas estas árvores estivessem verdes e carregadas de flores e frutos, seria um espetáculo formosíssimo, seria um paraíso.

Mas assim não era, ao contrário, ofereciam uma imagem sobremaneira triste. Toda esta multidão de árvores estava em vias de secar. Em algumas eram os Ramos que estavam secando; em outras, os troncos e muitas já haviam secado até a raiz, isto é, já haviam morrido.

Ao lado destas árvores vi correr um grande rio. De todas as direções vinha gente para este rio. Uns corriam, outros andavam lentamente. Provinham de todos os estados de vida e categorias: sacerdotes, religiosos e leigos. Estes começaram a abrir, em direção do comprimento, regos profundos e canais em todo o comprimento e largura. Uns buscavam incessantemente, água do rio, e ainda outros a despejavam nos regos canais.

Por toda parte se trabalhava com diligência e, contudo, havia admirável silêncio, como numa Igreja. Até crianças ajudavam neste trabalho. A água já corria abundante até as árvores, e ó, maravilha, muitas começaram a reverdecer. Algumas reverdeceram rapidamente, noutras o reverdecer era mais lento. Algumas das árvores apodreceram até a última raiz.

Explicação

As árvores cujos ramos estavam secos, representam as pessoas que vivem em ocasião próxima de pecado grave. As que estavam secas até a medula (todo o tronco), simbolizam aqueles infortunados que se afundaram no pecado grave.

As árvores que apodreceram até a raiz, simbolizam os obstinados, que vivem, durante anos a fio em pecado grave. O grande rio significa o grande é largamente aberto coração de Jesus, do qual todos tiram água em abundância. Quanto mais se tira, mais tem, pois não diminuem sequer de uma gota! Os infatigáveis e silenciosos trabalhadores são aqueles que se empenham com um grande zelo-amor, na oração pela conversão dos pecadores; e todos os homens que encontram meios e caminhos para realizar esta grande é maravilhosa obra de amor ao próximo, nos sacrifícios e na oração diária.

Aquelas árvores que reverdeceram novamente significam pecadores que abriram seus corações à graça e com ela cooperaram. Eles bebem da torrente da vida e da graça. Aquelas árvores que apodreceram completamente, representam as almas que, obstinadas, não quiseram beber sequer uma gotinha da torrente das graças do coração de Jesus. Ou, sorvamos, com lábios ardentes, destas torrente de graças: graças após graças, amor e mais amor!

Metamo-nos entre aqueles operários que atraem a misericórdia do sagrado coração aos Ramos e galhos separados da vinha divina.

Santa Maria Bernarda

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Cristine Maraga

Cristine Maraga